domingo, 11 de março de 2012

Humor feminino. Liberte essa palhaça que existe dentro de você!!!

                                               O Grupo de palhaças "As Marias da Graça"

Mulher sabe fazer humor? Quantas vezes conseguimos ter o desprendimento para rirmos de nós mesmos?

Já faz o tempo que o humor era um terreno masculino. Antes, quando algumas mulheres se arriscavam por essa empreitada tinham duas características; ou eram gordas ou mais feias, quem não se lembra da famosa Dona Bela, interpretada pela excelente atriz Zezé Macedo. A novidade do momento é a presença cada de mais constante de atrizes e roteiristas bonitas, magras e não menos engraçadas e divertidas, fugindo do estereótipo de que para fazer humor é preciso ser feia.

Sejam também muito bem vindas as novas comédias femininas onde essas novas mulheres (independentes e com os mesmos desejos que os homens) são representadas. Nesses filmes, diferentemente das comédias românticas, as mocinhas não são tão bobinhas e submissas; são malucas, desorientas, fazem uma besteira atrás da outra e, para completar, suas vidas não são perfeitas e nem sempre o final feliz espera no beijo do príncipe encantado. Nesse gênero, destaco o filme “Missão: Madrinha de Casamento”. Com personagens engraçadíssimas, a protagonista Annie (Kristen Wiig) tem 30 anos, sem relacionamentos estáveis e sem a menor vocação para a “vida mulherzinha” se vê tendo que ser madrinha do casamento de sua melhor amiga. É uma comédia excelente, sobretudo por seu maravilhoso elenco, o grupo formado pelas desastradas madrinhas é hilário! É interessante ver mulheres em situações cômicas tipicamente masculinas. Vale resaltar que a roteirista do filme é a própria Kristen Wiig que iniciou sua carreira no programa de humor Saturday Night Live. Mas quem rouba a cena mesmo é a atriz Melissa McCarthy, interpretando a masculinizada personagem Megan. Ela dá um show no papel tanto que foi indicada como coadjuvante (coisa rara, já que o Oscar não costuma privilegiar atores e atrizes que fazem excelentes personagens de humor).


Já no Brasil a popularização dos Stand Up trouxe textos femininos inteligentes sobre as agruras e decepções com os homens, mas sempre de forma muito bem humorada. Gosto muito da atriz Agnes Zuliani, seus textos abusam do humor inteligente e até, porque não, históricos e políticos. Outros grupos também se destacam como o Humor de Salto Alto (com as humoristas Micheli Machado, Wanessa Morgado, Andrea Barretto Carol Zoccoli e Mhel Marrer) e As Olívias.

E nós pobres mortais, anônimas que não somos atrizes, podemos fazer humor no nosso cotidiano? Acredito que sim. Pense na figura do bom e velho palhaço. A filosófica do palhaço é incrível, essa personagem faz piada da própria desgraça, assim, as coisas tem que dar errado para ele fazer graça. Ou seja, o palhaço consegue rir de si mesmo e com isso as dores ficam um pouco menores. O humor é a melhor forma de curar nossas feridas, sei que estou curada de uma dor do passado quando volto ao tempo e as minhas lembranças que antes eram tão doloridas passam a ser hoje engraçadas e até ridículas. Quando olho para trás e consigo rir disso, digo para mim mesma “oba! Estou curada disso! Quem venham outras dores, decepções e aprendizados!” O palhaço é tão fascinante para nós porque através do lúdico e até poético não tem medo de ser ridículo e transformar a tristeza, as dores e os erros em comédia e acertos. Mostram para nós que a vida não deve ser levada tão a sério. E as mulheres já também são palhaças delicadas, mais sensíveis talvez, mas não menos engraçadas e divertidas.

Que nós, homens e mulheres, consigamos fazer humor no nosso dia a dia. Que possamos parar um minuto em nossas vidas cada vez mais corrida e atribulada para simplesmente rir, mas rir bastante. Dessas risadas gostosas que dávamos quando criança aonde chegávamos a fazer perder a respiração e doer a barriga. Eu, particularmente, acho que ter senso de humor é fundamental para a nossa sobrevivência.

Para rir mais com a comicidade feminina:

http://www.mhel.com.br/
http://www.carolzoccoli.com.br/
http://www.asolivias.com.br/
http://www.asmariasdagraca.com.br/

                                                Mariana (nas horas vagas a palhaça Maria Antonieta).

quinta-feira, 8 de março de 2012




FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER

No dia internacional das mulheres, parabéns as mulheres reais, com suas celulites, gordurinhas aqui e ali, as guerreiras que lutam, trabalham, se cuidam e vivem brigando com a balança...!


No dia internacional da mulher divulgaram fotos da Jenifer Lopez sem photoshop, com suas imperfeições, uma mulher linda, com celulites e pneuzinhos... como todos nós!!!



Isabele


terça-feira, 6 de março de 2012



CINE MULHERZINHA


O Cine Mulherzinha dessa semana trás a indicação do filme 'Qual o seu número?'




O Filme é bem bobinho e gira ao redor de um enredo igualmente bobo. 

A personagem Ally (Anna Faris), lê um artigo numa revista, que afirma que mulheres que já tiveram 20 ou mais parceiros na sua vida possivelmente não vão mais casar.
Após contar todos os seus parceiros - 20 - Ally começa a perder as esperanças de um casório. Prometendo a si mesma não ultrapassar a contagem atual, ela pede ajuda a seu vizinho ultra bonitão (Chris Evans) e passa a buscar seus ex-namorados para não chegar aos 21 parceiros e correr e risco de ficar solteirona.


Acho que nem preciso o manter o mistério sobre o fato de que Ally e o vizinho se envolvem, né?

Interessante ao ver o filme, são os questionamentos que ele gera: Qual o número ideal de parceiros para uma mulher? Esse número existe? Se existe, quem convencionou? 

O vizinho bonitão, parceiro de Ally na busca pelos seus ex-namorados, dorme toda noite com uma mulher diferente, deixa escapar que sua contagem está lá pelos trezentos e cacetada, mas isso o incomoda? Nem um pouco! Mas os 20 caras de Ally a deixam surtada. 

Em nenhum momento, a personagem ponderou que a solução de sua felicidade poderia não estar no casamento. Soa comum esse tipo de coisa na nossa sociedade ainda machista. Eu diria que esse filme exemplifica o nosso falso moralismo de rotular de pi***** toda mulher que não segue o padrão tradicional de casamento, filhos e família. 

É um filme morno e bobo, como toda comédia romântica deve ser, mas vale a pena. Derrete seu cérebro, mas não muito. 


Jacqueline

quinta-feira, 1 de março de 2012

Fim de Carnaval e outras vergonhas alheias.


Acho que todos os ínfimos, porém assíduos e fieis leitores e leitoras deste blog já sabem que sou uma entusiasta do Carnaval. O clima na cidade fica diferente, as pessoas mais receptivas, fora alguns fantasia divertidas e criativas. Mas, entretanto, porém, todavia... algumas pessoas exageram um pouco demais na personagem.

Você já passou pela sensação de sentir vergonha alheia de alguma pessoa ou situação?! Para quem não sabe vou explicar; você encontra uma pessoa numa situação muito ridícula, ela, na maioria das vezes, não tem vergonha alguma, mas você sente por ela. Eu, particularmente, fico rindo muito, mas é um riso sem graça, sinto-me até solidária com o (a) pobre coitado (a), minha vontade é de puxar ele (a) de lá e dizer; “alô, não percebeu que você está ridículo (a) nessa situação?! Vamos sair daqui!!”

Isso aconteceu comigo, inúmeras vezes nesse Carnaval. Entendo, juro que entendo que as pessoas nessa época do ano queiram aloprar um pouquinho, se divertir, fazer coisas que em outras épocas do ano seria impossível. Compreendo a sensação de catarse que envolve essa festa popular. Também gosto de aloprar um pouco, mas dentro de certos limites. Beber, brincar, zoar são coisas verdadeiramente permitidas no Carnaval, mas com responsabilidade. Até porque não faça nada que você vai se arrepender não de forma temporária, mas de forma permanente. Durante o Carnaval é conveniente não fazer mais besteira além de uma boa resseca na quarta feira de cinzas. Ou seja, não faça nenhuma besteira que venha lhe acompanhar além da quarta feira de cinzas. Beber e dirigir, transar sem camisinha, beber demais ocupando as emergências dos já deficientes hospitais públicos com um paciente em porre, se pendurar em postes altos, mijar na rua ou agarrar pessoas que dizem não para as suas investidas bobas não é bagunça de carnaval, é falta de noção e respeito. Ah, e mais uma coisa muito importante; junte-se com quem quer aloprar como você, respeite os demais, “chatos e velhos” que desejam somente curtir os blocos sem a preocupação de ficar contando quantos “pegou” num só dia. Certa vez uma pessoa disse que o Carnaval era um período especial, que era o momento de fazer loucuras. Ok, concordo, mas porque então as pessoas não fazem loucuras queimando o seu dinheiro?! Isso ninguém faz, por mais bêbado ou “trêbado” que estejam. Várias besteiras são compartilhadas no facebook, mas uma delas me chamou a atenção, desculpe a ausência de concordância, mas dizia assim “no carnaval as minas pira, em novembro as mina pari!!” De um jeito popular, essa frase é perfeita para entender a respeito de responsabilidades carnavalescas.


                                                                              Mariana