(Radical Chic)
domingo, 28 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Hoje, passeando pelo 'Globo.com', eu vi uma foto que me chamou a atenção. Esta aí:
O moço da foto é o David Arquette, ator americano com um ou outro filme de sucesso por aqui. Inicialmente eu achei estranho porque o Arquette, até onde eu sabia, era casado com a Courteney Cox (a Mônica do seriado Friends) há muitos anos. Curiosidade aguçada e fui ler a matéria - enfim, Arquette e Cox se divorciaram HÁ UM MÊS!!! Um mísero mês e o cara já está publicamente ativo de novo e ainda deu uma entrevista dizendo que chorou a primeira vez que fez sexo depois do divórcio - depois que o quê? FEZ SEXO!!!
Eu não sei as circunstâncias da separação, mas eu ia ficar bolada no lugar da Cox por ter sido tão facilmente e publicamente superada. Sem contar que eu sou um modelo meio ultrapassado e antiquado, que ainda acredita na necessidade de um lutinho básico depois de um relacionamento, principalmente quando ele é longo. Quando uma relação acaba, ficam marcas emocionais muito fortes nos envolvidos e sair por aí desenfreadamente pegando geral ou logo emendar num novo relacionamento, faz com que essas marcas sejam cobertas por outras e quando se dá conta, há um emaranhado de marcas, cicatrizes e paleativos sobrepostos que escondem a pessoa dos seus reais sentimentos.
Cada pessoa é diferente e lida com as circunstâncias de forma diferente, principalmente quando o moral e auto estima estão abalados - eu reconheço que dá vontade de se jogar por aí tentando desestigmatizar o passado, mas é nessa hora que eu recomendo: Cuidado! Refletir melhor para não cair em furada. Se o Arquette tivesse pensado melhor não teria saido por aí falando sobre intimidades com a Cox.
Enfim querida, terminou um relacionamento? Compre umas duas barras de chocolate, baixe umas comédias românticas, chame seus amigos para falarem mal do seu ex, chore no chuveiro e pense na vida sozinha um pouquinho.
Só um alerta: o luto é necessário, mas não exagere... nada de fossa por muito tempo porque senão vira chatisse - só o sufiente para se ir para o mundo sem magoar ninguém e, principalmente, sem se magoar.
Jacqueline
domingo, 14 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A China adotou, desde a década de 70, a política do filho único. Em linhas gerais, tal política visa controlar o crescimento populacional deste país, proibindo casais de terem mais de um filho.
Dentre muitos problemas e ambigüidades dessa imposição aos casais, um dos principais é o fato de que segundo a tradição chinesa, o homem é o responsável por zelar pelos pais na velhice e também por fazer os devidos ritos funerários, dessa maneira, as famílias preferem ter meninos e geralmente abortam meninas ou as deixam nascer e as abandonam para tentar um menininho (é triste, eu sei).
Onde eu quero chegar?
Bem, por conta da preferência nacional por meninos, na China existe cerca de 130 homens para cada 100 mulheres – alguns homens chegam a raptar mulheres para forçá-las a casar. Daí conclui-se que:
A China é o paraíso em potencial para as solteiras que querem casar e não se importam com olhinhos puxados!!! Comecem agora a fazer a 'poupança China'!
E tem uns exemplares até bem bonitinhos por lá...
Solteiras, rumo a China!!!
Jacqueline
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Antropofagia Feminina e o Mito da Vagina Dentada.
Os homens sempre procuraram entender as mulheres. A observação masculina ao feminino sempre foi tema de tratados religiosos, psicológicos, culturais e científicos. Podemos dizer que durante boa parte da Idade Média predominou o medo nessas narrativas. Conhecidas como “agentes do satã” as mulheres estavam muito mais ligadas do que os homens ao ciclo da vida. Assim, ao mesmo tempo em que geram e dão luz a uma nova vida, elas também terminam este ciclo, desde a Bíblia são as mulheres que cuidam dos mortos, limpam os cadáveres enterrando seus filhos, maridos, irmãos... Como capazes criar mas também destruir, as mulheres sempre foram vista com desconfiança.
Mesmo antes de Freud e a sua teoria da inveja do pênis, são inúmeros os relatos da Vagina Dentada. Várias culturas, desde os indígenas da America do Norte passando pela Índia até o famoso livro “Martelo das Feiticeiras”, contam a história do medo da castração masculina. São comuns nestes relatos vaginas com serpentes ou dentes que sem dó nem piedade decepam pênis (ui...)! Não se assustem, meninos, é só uma narrativa ficcional, nada disso é possível na realidade. Mulheres, sejam boazinhas...
A misoginia também foi confirmada pela Igreja Católica. Eva, por ter tentado Adão com a famigerada maçã, estaria condenada a transmitir o legado da menstruação e do parto com dor para todas nós mulheres. Segundo alguns teóricos do catolicismo, a mulher deveria ser controlada por afastar o homem da espiritualidade. Tanto Pandora como Eva foram condenadas por trazer o pecado, a desgraça e a morte ao mundo. Nessa tentativa de sujeitar o sexo feminino, surgi a ideia da virgindade e da tão famosa caça às bruxas. Na literatura religiosa São Tomas de Aquino já dizia que a mulher era somente um receptáculo, um “macho deficiente” que por não possuir razão deveria ser governada por seu marido.
E o discurso continuou e continua por séculos. Acreditem, repetimos e reproduzimos atualmente parte destas teorias. Falando com os meus alunos do 6⁰ ano sobre Educação Sexual, abordei com eles a questão da relação de gêneros, pedi que os meninos descrevessem características femininas, adivinha o que saiu? Bom, adjetivos como; delicada, sensível, fofoqueira, frágil, chata.... todos os velhos clichês que confirmam a fragilidade do “belo sexo” e a necessidade deste ser governado, controlado e subjugado pelo homem, o sexo forte! Estou longe de defender a masculinização das mulheres como fizeram as primeiras feministas, mas penso também que devemos mostrar menos ”frescura” e mais fortaleza. É necessário, urgentemente, criar uma nova geração de homens, que nos vejam mais como iguais do que como tão diferentes. Chega dessa história de que os homens precisam mais de sexo do que as mulheres, de que somos mais fracas, mais passionais, menos racionais, mais fiéis...Crescemos como estranhas e desconhecidas para os homens a ponto deles nos temerem por ter uma vagina dentada e continuamos um mistério, uma incógnita para nossos namorados, maridos, amigos... Qual a solução para aproximar mais os dois sexos?! Não tem uma fórmula matemática, uma receita de bolo, mas acho que como geradoras da vida devemos educar melhor os nossos filhos, ou você nunca ouviu que é a mãe a criadora do “galinha” de amanhã quando fica feliz por seu pequeno homenzinho estar com um monte de namoradinhas? A escola também tem a sua parcela de responsabilidade, sou completamente a favor de tornar matéria obrigatória educação sexual, que os meus alunos não me ouçam, mas temos tantos conteúdos sem tanta praticidade na sociedade atual. Do que adianta aprender fórmulas matemáticas complexas, guerras que aconteceram pra lá de Marrakesh se sabemos tão pouco sobre relacionamentos interpessoais e lidar com o nosso próprio corpo? Certa vez uma aluna me perguntou onde ela deveria usar a pílula anticoncepcional, acreditem, e olha que estamos falando de uma cidade grande como o Rio, a coisa está grave! Somente com uma boa educação, seja ela em casa, na escola e na própria sociedade, podemos eliminar alguns clichês que nos tornam tão estranhas para os homens e aproximar uma pouco mais as relações entre os gêneros, afinal, é conhecendo que a gente se entende, não acham?!
Quem gostou da reflexão histórica sobre o medo masculino a nós, mulheres, recomendo dois livros maravilhosos:
Jean Delumeau, História do Medo no Ocidente.
Georges Duby, Eva e os Padres.
Já a imagem do início deste post faz referência ao filme de terror para os homens e comédia para as mulheres “Teeth: A Vagina Dentada”(2007), nele, uma jovem vive em abstinência sexual, por causa da religião, descobre que possui dentes afiados. Podemos dizer que é uma versão moderna do Mito da Vagina Dentada.
Página de rosto do livro o “Martelo das Feiticeiras” de 1487, nele ensinamentos de como descobrir se uma mulher é uma bruxa.
Mariana.