
No mesmo dia da estréia assisti ao filme “Comer Rezar Amar”, confesso que não li o livro (sempre fiquei com a ideia de ser mais um chato auto-ajuda), mas a história é bem interessante ou pelo menos serve para distrair numa sexta-feira chuvosa.
O roteiro é bem conhecido, uma americana, Elizabeth Gilbert (Julia Roberts), entediada por ser rica, bem-sucedida e ter um marido bonitão e apaixonado resolve abandonar tudo em busca do prazer perdido. Não entendo muito bem esta parte, o filme pinta uma protagonista como uma sofredora, mas isso é sofrimento?! Enfim, continuando, ela resolve viajar pelo mundo em busca de uma aventura. O roteiro; Itália, Índia e Bali.
Chegando à Itália Elizabeth experimenta a maravilhosa comida italiana. A essa altura do campeonato já foi me dando uma água na boca, tanto que quando acabou o filme fugi direto para o Spoleto comer uma “pasta” (tudo bem, não é exatamente um bom exemplo de cozinha italiana, mas deu para enganar o estômago, com um pouco mais de abstração e criatividade dava para até se imaginar na Itália, quem não tem cão caça com gato, oras!). Na Índia sua missão era rezar (parte mais chata do filme, será que é necessário sofrer tanto para alcançar a espiritualidade?). Em Bali encontra o antigo e desdentado guru, e, finalmente, ama o “tudo de bom” brasileiro Felipe (Javier Bardem).
Apesar de um pouco extenso e em alguns momentos tedioso demais “Comer Rezar Amar” é um ótimo entretenimento. Não espere uma visão do tipo “National Geographic” dos países que a protagonista visita, o filme se rende a todos os estereótipos possíveis dos tipos italianos, indianos e brasileiro. Mas, afinal, é ficção e não um documentário. Mesmo assim, “Comer Rezar Amar” tem bons momentos, as paisagens são lindas, desde dos países que visita como também dos homens que encontra, ai, ai, Javier Bardem... Aliais, por falar em Javier Bardem, mesmo falando um português “macarrônico” (trocadilho infame, já que estamos falando de cozinha italiana) ele é o melhor do filme, um charme. A trilha sonora é um show à parte, bom ouvir numa produção americana bossa nova cantada por pai e filha, João Gilberto e Bebel Gilberto.
Outra grande vantagem do filme é usar a protagonista como inspiração. Comer eu já fiz, fui ao Spoleto, apesar de ser agnóstica quando dormir vou rezar agora só vai ficar faltando acordar com um bonitão como o Javier Bardem, quem sabe, milagres acontecem.
Ao final, fiquei com a sensação que a protagonista da história aproveitou o melhor do trinômio comer, rezar e amar; comeu comida italiana, rezou no modelo indiano e finalmente, amou um brasileiro! Esperta essa Elizabeth Gilbert, não?!

Mariana