sábado, 24 de outubro de 2009

Se os Homens Fossem Obras de Arte...

Não podemos negar que a gente tem mania de rotular as pessoas... elegemos uma característica que julgamos dominante no indivíduo e lá vamos nós criando os esteriótipos - o nerd, o bombadão, o surtado, o casável... Que jogue a primeira pedra, quem nunca rotulou ninguém!


Há um tempinho atrás, em uma reunião profundamente filosófica, começamos a brincar com esses esteriótipos, ligando-os a certas obras de arte e a produções de certos artistas (sabemos, papo de nerd desocupado...); eis que saiu a idéia desse post. No entanto, antes de começar nossa “análise” nada científica, devemos deixar claro aos estudiosos da arte de plantão (um ou dois) que nosso ensaio não tem o menor compromisso com as escolas artísticas e é só uma brincadeira com os homens.


Bem...


O primeiro tipo é o homem Van Gogh: É intenso e caótico. Como toda boa obra de arte impressionista, é lindo quando visto de longe, mas quando olhado de perto, é uma confusão só. Cara leitora, você até pode se envolver com um tipo desses, afinal, a sua intensidade desperta uma certa emoção. No entanto, fique atenta! Esse tipo de homem é complicado - tem uma tendência à loucura e obsessão... não estranhe se em um belo dia receber a orelha do dito cujo pelo correio.



O segundo tipo é o homem Jean Baptiste Debret: Debret foi um Retratista francês que veio para o Brasil ainda na época colonial, junto com a Missão Artística Francesa. Uma grande característica de sua obra, é a retratação do cotidiano brasileiro de então. Cara leitora, a primeira coisa que a gente lembra quando se fala de Brasil Colônia é o quê? Isso mesmo: escravidão.Daí, surge o homem Debret... aquele que se deixa sempre escravizar; é manso e obediente - este tipo pode ser uma maravilha no início, entretanto, com o tempo de relacionamento, pode ser um pouco maçante. Envolver-se com ele, não tem muita emoção, acaba virando um homem previsível demais; se seu escravo está te entediando, o jeito é levá-lo para o pelourinho e o devolver para senzala, que é o seu lugar.
Ah, existe mais um 'porém': as vezes a dona se apega ao seu escravo, então, muita atenção! escravos as vezes se rebelam! Para manter seu escravo, chicote nele! (principalmente entre quatro paredes).


O nosso terceiro tipo é o homem Leonardo da Vinci: este é igual ao sorriso da Mona Lisa - misterioso. Exerce um certo encanto, você nunca sabe ao certo o que ele quer e o que está pensando o que torna estimulante desvendar aos poucos os meandros de tanto mistério... o problema é que se o sujeito for fechado demais, fica chato. Afinal, nem Sherlock Holmes aguenta tanto mistério.


O quarto tipo é o homem Salvador Dali: suas obras parecem sonhos distorcidos que aparentemente, não fazem o menor sentido.
O homem deste tipo é o famoso “sem noção”... fala que você está gorda ou que você está com uma roupa horrível e nem percebe a besteira que disse - é o rei das gafes. Muitos tem a cara de pau de se dizerem 'realistas'... Depois ainda vem com um papinho de: “Ah, você é muito sensível, eu não falei nada demais, o que foi que eu disse?”.Bem, antes que seja você que arranque a orelha deste indivíduo, pondere pular fora. Mas se você é apaixonada por um tipo desses, calma! Ainda não está tudo perdido, pode ter uma solução. Tente conversar sobre a falta de tato dele e se isso não funcionar (quase nunca funciona), comece a trocar falta de bom senso por falta de bom senso ainda maior... fale da barriquinha proeminente que ele está ficando e o quanto ele fica horrível com aquela roupa... mas se quiser pegar pesado mesmo, fale mal dele na cama! Afinal, você também não está falando nada demais, não é mesmo?!


O quinto tipo é o homem Caravaggio: sua pintura é extremamente escura, sombria, obscura, com um fundo quase sempre todo preto. Caravaggio, gostava de seguir as pessoas pelas ruas para servirem de modelo para suas obras, dizem, inclusive, que o corpo de uma prostituta morta serviu de modelo para uma de suas pinturas da Virgem Maria. Caras deste tipo, são extremamente perigosos, perseguidores, psicopatas e sinistros. Ele é possivelmente um cara que coleciona fotos de mulheres desconhecidas escondidas dentro do armário junto com um esqueleto. Aliás, abrir o armário de um tipo desses pode ser surpreendente, pode-se até encontrar um machadinho ou uma boneca inflável com o seu rosto. Cara leitora, se você não quiser ver não só sua orelha fora do corpo como também os seus outros membros, fuja.... e em hipótese nenhum leve esta “obra de arte” para a sua casa.


O sexto tipo é o homem Picasso: Você já devia estar pensando: "e os homens galinhas?" Pois então, o galinha é o tipo Picasso. Antes que você pense que nós estamos fazendo um trocadilho óbvio com o nome do artista, fique sabendo que não é nada disso. Pablo Picasso além de um gênio da arte, era conhecido como “pegador” e teve várias mulheres - inclusive, muitas de suas pinturas são das mulheres que ele teve. Homens desse tipo são “galinhas” assumidos e ponto final. Se envolver com um tipo desses, pode até ser divertido se você não criar nenhuma expectativa de um relacionamento sério, apaixonar-se por ele pode ser fatal.


O sétimo tipo é o homem Arte Naif: Colorido, alegre, lindo, simpático, fácil de gostar, ilumina seu dia e te coloca para cima com vários elogios ... seria perfeito se não fosse por um "pequeno" detalhe - ele é gay!!! O máximo que você pode conseguir dele é uma amizade muito bacana para poder conversar sobre a marca dos shampoos que usam e a maquiagem que ele indica... Ah, mas se você é baladeira, o homem Arte Naif costuma ser um ótimo parceiro de noitada. Só tome um cuidado: policie-se para não ficar o tempo todo pensando “Ah, que desperdício....”.


Nosso oitavo tipo é o homem Toulouse-Lautrec: Toulouse era figurinha conhecidíssima pelas zonas boêmias de Paris e adorava pintar o Molin Rouge e suas prostitutas.
É um tipo encantador e intenso...O homem Lautrec, é um frequentador assíduo da Lapa e um boêmio; tal qual o homem arte naif, ele é uma ótima companhia para as noitadas, com a diferença significativa de ser hétero. O problema dele é ser o famoso “bicho solto” - é livre e foge de namoradas e compromissos sérios. Relacionamento duradouro com este tipo é praticamente impossível, até, porque você corre o risco de ficar viúva de um marido que, tal como Lautrec, morreu aos 36 anos de sífilis e alcoolismo.


Temos ainda o Homem Natureza Morta: esse tipo é o famoso deprimido - não sai de casa, não gosta de nada, geralmente vegeta ao lado de um computador o santo dia inteiro... você não sabe se está bem ou se não está. Depois da invenção do Orkut, socializar para ele, virou sinônimo de mandar um scrap... Atenção: tipo desgastante! Rouba seu furor juvenil e quando você dá por si, está passando o dia num quarto trancada perto de um computador. Só um aviso final: ultimamente, alguns Homens Natureza Morta estão se disfarçando de Emos, mantenha-se, portanto, atenta!



E o nosso penúltimo tipo, é o homem Barroco: Esse estilo é característico do período de Contra Reforma e é muito conhecido pela dramaticidade das suas figuras. O plano central é iluminado, enquanto as extremidades são sombrias; usa cores fortes e é vibrante. Aff, o homem Barroco é o drama em pessoa... A vida é um palco e tudo ganha uma proporção intensa... Você disse um singelo 'bom dia' para o caixa do mercado e ele vem com o drama: "você deu mole! Não me ama mais? Você acha que eu sou babaca..." A vida ao lado de um Homem Barroco é esperar sempre pelo próximo drama...


E finalmente, o homem tipo Andy Warhol: Criador da pop art, conhecido por fazer obras de arte em série, por trabalhar com publicidade e cinema; é o autor da frase: “no futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos.” Este é do tipo que você encontra aos milhares - são todos iguais, fortinhos, estilo triângulo invertido (forte nos braços e magro nas pernas), enfim: são os ratos de academia. A barriga tanquinho de lavar roupas pode até ser interessante (vamos combinar que é), mas não eternamente. A vantagem de um homem tipo Andy Warhol, é que se você tomar ou der um fora, não será difícil arrumar outro do mesmo tipo, afinal, são todos iguais mesmo...



Cara leitora, qual é o seu tipo de obra de arte favorita? Você é colecionadora de algum estilo em particular ou tem um gosto eclético? Fique sabendo que não existe obra de arte perfeita e o gosto é subjetivo: depende dos olhos de quem vê.
A grande sacada é justamente a percepção de que nada, nem ninguém é perfeito e esta, talvez, seja a maravilha da vida - aceitar a imperfeições, colocar numa balança os defeitos e qualidades de sua obra de arte e avaliar se ela vale ser apreciada ou não.


E você, conhece algum homem obra de arte que não foi mencionado? Nos Conte.


Jacqueline e Mariana

Um comentário:

  1. Jacque,
    Amei as definições.
    Eu tenho uma grande tendência para o Toulouse-Lautrec. Deve ser pq sou meio assim tb.rs
    O que eu não consigo aguentar é natureza morta. Esse tem aquelas amigas virtuais que deixam scraps melosos que só faltam acender luz pisca-pisca chinesa. Detesto!
    Parabéns pelo blog. Vou acompanhar! Amei!!

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