O primeiro tipo é o homem Van Gogh: É intenso e caótico. Como toda boa obra de arte impressionista, é lindo quando visto de longe, mas quando olhado de perto, é uma confusão só. Cara leitora, você até pode se envolver com um tipo desses, afinal, a sua intensidade desperta uma certa emoção. No entanto, fique atenta! Esse tipo de homem é complicado - tem uma tendência à loucura e obsessão... não estranhe se em um belo dia receber a orelha do dito cujo pelo correio.
O segundo tipo é o homem Jean Baptiste Debret: Debret foi um Retratista francês que veio para o Brasil ainda na época colonial, junto com a Missão Artística Francesa. Uma grande característica de sua obra, é a retratação do cotidiano brasileiro de então. Cara leitora, a primeira coisa que a gente lembra quando se fala de Brasil Colônia é o quê? Isso mesmo: escravidão.Daí, surge o homem Debret... aquele que se deixa sempre escravizar; é manso e obediente - este tipo pode ser uma maravilha no início, entretanto, com o tempo de relacionamento, pode ser um pouco maçante. Envolver-se com ele, não tem muita emoção, acaba virando um homem previsível demais; se seu escravo está te entediando, o jeito é levá-lo para o pelourinho e o devolver para senzala, que é o seu lugar.
Ah, existe mais um 'porém': as vezes a dona se apega ao seu escravo, então, muita atenção! escravos as vezes se rebelam! Para manter seu escravo, chicote nele! (principalmente entre quatro paredes).
E o nosso penúltimo tipo, é o homem Barroco: Esse estilo é característico do período de Contra Reforma e é muito conhecido pela dramaticidade das suas figuras. O plano central é iluminado, enquanto as extremidades são sombrias; usa cores fortes e é vibrante. Aff, o homem Barroco é o drama em pessoa... A vida é um palco e tudo ganha uma proporção intensa... Você disse um singelo 'bom dia' para o caixa do mercado e ele vem com o drama: "você deu mole! Não me ama mais? Você acha que eu sou babaca..." A vida ao lado de um Homem Barroco é esperar sempre pelo próximo drama...
A grande sacada é justamente a percepção de que nada, nem ninguém é perfeito e esta, talvez, seja a maravilha da vida - aceitar a imperfeições, colocar numa balança os defeitos e qualidades de sua obra de arte e avaliar se ela vale ser apreciada ou não.
Jacqueline e Mariana