sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Homem; animal em extinção?!



Confesso que eu sou um pouco viciada em notícias. Certo dia, vendo a Globo News chamou-me a atenção a seguinte manchete; “Na Inglaterra mulheres buscam amigos gays para engravidar.” De acordo com a reportagem, mulheres independentes bem sucedidas e infelizes em buscar um relacionamento sério, resolveram respeitar o seu relógio biológico e ter filhos com seus amigos gays, segundo elas, eles são respeitosos e por conhecerem bem o amigo sabem que dariam bons pais com certeza.

Eu, particularmente, penso que isso é muito estranho, acho porque não sou exatamente aquela típica mulher que sonha em casar e ter filhos. Mas, concordando ou não com a opção de vida dessas inglesas essa não é a questão. O que eu fiquei refletindo era sobre a posição do homem heterossexual na sociedade atual. Com a emancipação feminina, as mulheres com direitos sobre o seu próprio corpo e vida, a pílula anticoncepcional, a conquista definitiva do mercado de trabalho sendo, inclusive, provedoras das famílias, os homens estão ficando sem aquela antiga função.

Então qual seria a função do homem na sociedade atual? Não falo da questão sexual, todo mundo sabe que ainda precisamos dos homens e não das cegonhas para fazer filhos. Mas sabemos também que para até ter prazer sexual nem sempre eles são necessários. Mesmo assim, homem, no sentido literal da palavra, não é só aquele considerado “máquina sexual”.

De uma certa forma entendo um pouco essa postura aloprada que alguns caras têm apresentado atualmente. Eles estão perdidos, as mulheres estão até assumindo o seu papel de conquistador, agora são eles que estão sendo conquistados e não ao contrário, como era no tempo de nossas avós e mães. Talvez essa postura “pegador implacável” seja uma forma inconsciente de nos pedir ajuda, de dizer; “Ei, estamos aqui, vocês ocuparam todos os espaços, mas ainda somos importantes!!!”

Acho que os homens mais bacanas são justamente os que já perceberam que estão em extinção e começaram a assumir esses novos papéis, adaptando-se a essa nova realidade. E quais papéis seriam estes? Não mais o de conquistador, o chefe da relação, o cara que vê a mulher como um mero apêndice. Mas sim aquele homem que percebe o sexo oposto não como tão oposto assim, que quer a mulher como sendo capaz de ser companheira, de andar lado a lado com ele. Acho que esse seria o novo homem. Não o perfeito, o durão, mas o que admite que chora, que tem fraquezas. Os que aceitam numa boa os seus novos papéis; lavam a louça, arrumam a casa, trocam a fralda do bebê, penteiam o cabelo da filha, são carinhosos, o que sabem escutar (fundamental isso não só para os homens, mas para qualquer pessoa) ... tudo isso sem medo de perder a masculinidade. Se nós mulheres podemos acumular funções, porque o homem moderno também não pode?! Pode ser que eu esteja sendo idealista demais, mas alguns homens (poucos infelizmente...) já perceberam isso, portanto são esses que precisamos preservar. Só assim podemos livrar essa tão ameaçada espécie da extinção definitiva.

Mariana (membro da Associação Protetora do Homem Moderno).

3 comentários:

  1. Esse desenho do ovo está demais, e o engraçado é que me fez lembrar muitas amigas. Vale incluir que a mulher moderna nem sempre sabe cozinhar, como as mulheres da época das nossas mães. E talvez por isso o homem moderno tenha aprendido (para não passar fome, hahahaha).
    Brincadeiras a parte, eu adoro o homem moderno e quero me associar a APHM, posso? rsrsrs..
    Beijos Mari!!

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  2. Até onde essa inversão de valores que está ocorrendo de fato é efetiva? Se por um lado as mulheres estão acumulando funções e os homens estão se tornando sócio dependentes, por outro a mulher hoje em dia como a própria Luah disse, muitas vezes não é capaz de fazer as próprias tarefas domésticas que deveria saber. Sinceramente, valorizo a mulher que tem independência mas em todos os sentidos e não uma que é independente para o trabalho, mas tem que trabalhar pra se alimentar porque não sabe fazer a própria comida ou que sequer faz comida para seus filhos, ou sabe lá se preocupa-se em ter fihos?
    Até onde essa é uma independência de fato?
    Me parece apenas uma troca do tipo de dependências, como a história dos ricos pobres que ganham o direito de se endividar e acham que estão mais ricos por isso..
    Aqui as mulheres ganham o direito de pagar pra que outros façam o que ela deveria fazer e acha que por isso é mais livre.. Muda-se a função mas não o grau de liberdade..
    Tem-se que ver até onde as mulheres refletem de fato sobre os seus valores e a real necessidade de suas metas frente a outras obrigações que concernem a si..
    A indução da falta de respeito por parte da mulher e com sua desobrigação com o dever da família e a não assumpção de seu papel essencial e central na estrutura familiar deixa de fato uma lacuna que pode vir a ser preenchida pelo homem ou pode, na verdade o que vêm acontecendo, determinar a extinção da própria estrutura familiar. Onde as mulheres se tornam homosexuais e os homens no mesmo sentido, segundo um falso estigma de que o sexo oposto não o satisfaz, ou está em carência ou qualquer coisa que o valha, a sensibilidade falta para que possamos ver as nuances deste caminho que está sendo seguido, estamos dando esporadas num cavalo selvagem, mas esquecemos as rédeas em casa e não se pode guiá-lo de fato e, talvez, ninguém saiba se ele poderá nos levar ao despenhadeiro ou ao repouso que esperamos, e poucos despertam perante isso porque estão ainda empolgados com a adrenalina da cavalgada...
    Parece-me e assusta-me que possa ser um caminho sem volta e irrefletido o que a sociedade está seguindo e só atenta-se para questionar o bom valor que um ou outro tem sem planejar-se o caminho que deve ser seguido afim de evitar-se o colapso derradeiro a que tendemos.
    Alguns podem ver como um simples tema divertido, mas é um tema caótico e preocupante, tanto para homens como para mulheres.

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  3. Ih.. quase criei outro post aqui só com meu comentário foi mals.. rsrs

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